quinta-feira, 5 de agosto de 2010

lambada

A lambada é um género musical surgido na Pará, na década de 1970, tendo como base o carimbó e a guitarrada, influenciada por ritmos como a cumbia e o merengue.



História



A lambada dança teve sua origem a partir de uma mudança do carimbó que passou a ser dançado por duplas abraçadas ao invés de duplas soltas. Assim como o Forró, a lambada tem na polca sua referência principal para o passo básico, somando-se o balão apagado, o pião e outras figuras do maxixe.



Usa, normalmente, as cabeças dos tempos e o meio do tempo par, se começarmos a dançar no "um", para as trocas de peso (pisa-se no "um", no "dois" e no "e" - que é chamado comumente de contratempo).



A lambada chega a Porto Seguro, e ali se desenvolve. Boas referências foram a Lambada Boca da Barra, em Porto, e o Jatobar no Arraial d'Ajuda, onde desde o início também zouks (lambadas francesas) serviram para embalar os lambadeiros.



Tudo isso acontece na época do apogeu do carnaval baiano, que ditava uma moda atrás da outra, e numa delas, apresentou a lambada ao Brasil. Essa segunda fase da dança durou apenas uma temporada e foi um pouco mais abrangente que a primeira, que só havia chegado até o nordeste. Até esse ponto a lambada tinha como principal característica os casais abraçados. Era uma exigência tão forte que, quando da realização de alguns concursos, aqueles que se separassem eram desclassificados.



No exterior e aqui, a lambada torna-se um grande sucesso e em pouco tempo estava presente em filmes e praticamente todos os programas de auditório aparecendo até em novelas. É a hora dos grandes concursos e shows. A necessidade do espectáculo faz com que os dançarinos criem coreografias cada vez mais ousadas, com giros e acrobacias.



Depois de algum tempo, a música lambada entra em crise e pára de ser gravada. Os DJs das boates aproveitam então para simular o enterro do estilo musical. A dança perde destaque, mas sobrevive, pois já haviam sido feitas nas lambaterias muitas experiências com variados estilos de música que tivessem a batida (base de marcação) que permitisse dançar lambada, só para citar um exemplo, a banda de rumba flamenca Gipsy Kings teve vendagem significativa por aqui por conta da dança, então as músicas francesas, espanholas, árabes, americanas, africanas, caribenhas etc. viraram a "salvação" e solução para a continuidade do estilo de dança. De todas, o zouk foi o ritmo que melhor se encaixou na nossa dança tornando-se a principal música para dançar lambada.



Esta passa a ser dançada com um andamento mais lento, com mais tempo e pausas que praticamente não existiam na música lambada, permitindo explorar ao máximo a sensualidade, plasticidade e beleza da nossa criação. Os movimentos ficaram mais suaves e continuam fluindo, modificando-se à medida que ela incorpora e troca com outras modalidades. Contribuem ainda as diversas pesquisas, até fora da dança de salão, como por exemplo, as de contacto e improvisação. Hoje a relação com o parceiro volta a ganhar valor, as acrobacias ficam praticamente exclusivas para os palcos e os locais para dançar reabrem em diversos estados.



Mesmo não tendo por parte de alguns o devido reconhecimento, a lambada mostrou-se um grande incremento profissional.



Encontramos lambaterias e professores de lambada em diversos pontos do planeta e ainda que a chamem de zouk, muitos viveram e vivem dela até hoje.

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